Há o dia de sol, há o dia de chuva... Sopra a ventania,
bafeja a brisa, tombam flocos de neve... Frio e calor se alternam e o corpo
universal veste os coloridos e perfumados agasalhos das quatro estações
climáticas. Assim é o ciclo da vida desde o início das eras, assim será
perpetuamente.
A grande fábrica que produz os dias, a natureza, não tece
em suas máquinas produção padronizada. Sua matéria-prima provém do ciclo
elíptico da terra, e após o negror da noite a luz da aurora faz de novo um novo
dia. Não há, por conseguinte, noites ou dias iguais, porque não são produzidos em
formas-padrão. Aqui, o que é constante é
a inconstância...
E nós, entre as vigas do firmamento e as paredes dos
horizontes, calcando o tapete térreo, encobertos pelo teto côncavo do céu?
Somos bilhões de almas e corações, em zigue-zague infindo,
indo de algures a lugar algum e tornando sempre ao ponto de início... Somos
bilhões de sonhos e histórias a erigir um dia de ouro na dimensão da própria
vida.
Buscamos, sim, o eldorado do existir, e, fincado no peito,
a reluzir, a medalha excelsior dos grandes feitos; buscamos a vida e seu gozo
sublime, a felicidade. E nessa espiral da vida humana, onde as duas pontas -
vida e morte – se unem, há que ter-se por sustentáculo a honradez, a retidão, a
magnanimidade, tríade para bem cumprirmos nossa lida terrena.
Posto assim, nesses dias que aqui hemos hospedados, façamos
de nossas ações capítulos novos de uma nova história, capítulos inextinguíveis,
escritos com tintas pigmentadas pelos anjos, para, enfim, termos um epílogo de
ouro no nosso livro vivencial.
Reflexão:
Com belíssimas
passagens escreva a história dos seus dias, grafadas com tintas de ouro e final
feliz, como escritas são as páginas de um livro santoral!
Prof. Inácio Dantas
Do livro Ebook “Semeando
dias Felizes”
www.amazon.com.br
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