Desconhece
o assunto? Prepare-se antes, fale, seja ouvido e bem avaliado.
Somos avaliados pelas palavras que dizemos, e como as dizemos.
Frases bem concatenadas, em bom-tom, que expressem conhecimento e veracidade
têm um efeito positivo nos ouvidos de quem nos ouve. Por isso, pense tudo o que
fala, mas não fale tudo o que pensa...
Pense
antes de falar. Sabe aquela frase “só abra
a boca quando tiver certeza”?, ela vale para você e todos nós na hora de desenvolver
um tema do qual desconhecemos ou temos vaga noção. Muitos bons profissionais “queimam-se”
com a equipe e os superiores por se envolver em assuntos que não conhecem bem
as técnicas e leis que os regem ou conhecem medianamente, e até às vezes pela
metade. E aí mora o perigo...
Sugira, opine, verbalize o que sabe. Não se
incline a dar opiniões ou palpites se não tiver certeza cabal. Principalmente
temas complexos, polêmicos ou que hajam dúvidas e questionamentos. Fale
estritamente o que sabe. Não minta, não aumente, não invente. Você é avaliado
tanto pelas palavras quanto pelo silêncio.
Se for discorrer sobre um tema impactante,
evite querer mostrar conhecimento de coisas que desconhece ou que ouviu falar. Opte
por palavras breves e pontuais, somente para “marcar presença”. Para falar com
propriedade conheça a fundo e tenha exemplos reais, pois de repente você pode
ser contestado e ter suas teses refutadas.
Ninguém
é dono do saber. Não é porque alguém tem
bons estudos que será o dono da verdade. Cuidado. Há pessoas autodidatas que
são enciclopédias ambulantes. Não se arvore em falar, não discuta nem filosofe
quando não tiver indubitável domínio do assunto. E se tiver, aí sim, fale com segurança,
desenvoltura, cite nomes, datas, dê exemplos e desça aos detalhes. Mas, atenção,
faça isso sem empáfia[1],
com a humildade de um sábio.
Semântica[2]. Esteja “logado” no assunto discorrido. Expressar frases
que possam ser interpretadas fora do contexto, que transmitam ofensa, que
tenham duplo sentido ou mesmo que não cumpra seu papel de informar e
esclarecer, é um risco quando se “está por fora” ou não se domina o português.
Pior ainda é arvorar-se a falar outro idioma, fazendo junção de palavras cujo
sentido final ficará deturpado.
Prepare-se
antes para ouvido. Paralelamente, não se
esqueça que livros, revistas, jornais, apostilas, internet são materiais grandiosos
à sua disposição aprimorar-se em temas que motivam a vida e uma profissão
melhor. Ressalte-se que, quem não tem aptidão para ler, que aptidão terá para
discutir temas sensíveis e polêmicos, ainda mais com um superior? Certamente será
reprovado no ato.
Entenda que você pode não fechar contratos ou
ter desistências de tratativas se falar errado na hora certa ou se falar certo
na hora errada... Logo, falar com propriedade, mostrar eloquência, se possível
citando artigos, autores, etc, é abrir as portas para ter receptividade dos
pensamentos e boa avaliação. Lembre-se, seu superior está lá por uma razão óbvia:
ele sabe mais que você. Por conseguinte, você terá de conhecer bem o assunto
para desenvolver ideias conjuntas e os trabalhos fluírem positivamente.
Inácio Dantas
Do livro “Lições para o Autoaperfeiçoamento
Profissional” – Acesse: www.agbook.com.br
[1]“É necessário fazer outras perguntas, ir atrás das
indagações que produzem o novo saber, observar com outros olhares através da
história pessoal e coletiva, evitando a empáfia daqueles e daquelas que supõem
já estar de posse do conhecimento e da certeza” (Prof. Mario
Sergio Cortella)
[2]Semântica "1.Estudo sincrônico ou diacrônico da
significação como parte dos sistemas das línguas naturais. 2.Num sistema
linguístico, o componente do sentido das palavras e da interpretação das
sentenças e dos enunciados."
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