Quando sucessivas coincidências o fizerem realizar bons negócios, pare para uma reflexão. Analise se é resultado de um planejamento ou é simplesmente fruto da sorte...
Bom planejamento e sucesso andam juntos. Harmonicamente. Não se chega “lá” amanhã, no topo das conquistas, se hoje não se planejar com inteligência, objetividade e boa dose de criatividade. Importante, também, é estabelecer um forecast (previsões do futuro tendo como base acontecimentos do passado), ou um budget ajustado: orçado & real, o qual pode abrir espaço à frente na longa caminhada. Paralelamente, há que se formar uma equipe entrosada, pensamento unidirecional, engajada nos mesmos propósitos e metas.
O bom planejamento (administrativo, financeiro, logístico, etc) deve ter por foco o curto, médio e longo prazo. E não deve ser feito com números frios, no chutômetro, no olhômetro, ou mesmo na empolgação. Ao contrário, deve ser fundamentado em pesquisas científicas ou de mercado, emoldurado com um estudo minucioso para, enfim, lastrear as decisões gerenciais. Imagine, como exemplo, alguém comprar um belo terreno de esquina para construir uma mercearia e, a esquina em frente acabou de ser vendida para uma loja de supermercado de uma grande rede...
Decidir intempestivamente, sem base sólida, “fazer para ver o que acontece”, pode ser um erro de altíssimo custo. E conduzir a nave (empresa) ao sopro dos ventos do acaso pode levá-la a mares inavegáveis. O curso das coisas tem uma sequência elementar e o planejamento prévio permite antever problemas ou dificuldades futuras, prevenir-se, municiar-se de soluções adequadas e resolver a tempo e sem prejuízo.
É de se enfatizar que o uso da intuição, do improviso, da experiência empírica (baseada na vivência), do foresight (previsões de tendências com potencial para moldar o futuro criando novos padrões), devem estar bem delineados na agenda de negócios do comandante. Não que a velha experiência deva ser suprimida ou menosprezada. Ela é um apêndice, não a essência. Nada impede planejar com um halo de luz futurista, mas sedimentado com a realidade momentânea dos fatos. A cabeça pode estar voando nas nuvens, mas os pés fixos no chão. Para que riscos desnecessários? Vale mais perder alguns dias num estudo local, como no caso acima do terreno, do que depois experimentar o insucesso.
E o que é Planejar? Planejar é elaborar um conjunto de procedimentos de ações com o fim precípuo de obter resultados convenientes. É elaborar planos, metas, budget (planilha, orçamento empresarial de vendas, despesas, etc), enfim, organizar, quer seja um roteiro, um trabalho, uma tarefa, etc. É, ainda, não tomar decisões de afogadilho sob a ótica do ”lucro rápido e fácil”, atitudes que podem aumentar o passivo e contrair o ativo.
Planejar é fazer reuniões com a equipe e extrair opiniões, sugestões, propostas, ideias, e por que não?, ouvir críticas que visem corrigir falhas e aperfeiçoar rotinas. Com o planejamento abreviam-se etapas e reduz-se o tempo de execução. O número de operações, quer seja manual, eletrônica ou mecanizada, quanto menos vezes passar pelas mãos do mesmo executor, tanto melhor para a produção final.
E quanto ao Planejador? Este não deve ser imediatista, reativo. Deve ser dinâmico, estrategista, disciplinador, visto que irá lidar com pessoas de diferentes timbres culturais. Também não deve julgar-se infalível, agir com prepotência, nem pretender ser o centro da razão. Deve ser solícito, participativo e usar diplomacia, pois poderá ter sob suas ordens desde simples operários a doutores.
A arte do planejamento deve estar enraizada na formação do líder e presente nas suas ações, como o próprio ar que respira. Por conseguinte, ao planejar com eficiência, calma, sabedoria e tratar os liderados com profissionalismo, terá como corolário o êxito, não só nos negócios, mas também na vida pessoal.
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